domingo, outubro 22, 2006

Eu cá não sou católico


Alguém se rala com isso? Penso que não. Mas devo estar errado pois há quem viva de querer arrebanhar pessoas, de juntar magotes e pensar que com isso tem mais razão, tem mais poder, é mais verdadeiro. Nada mais errado. A verdade e a razão nunca dependeram do número de arrebanhados que conseguiam juntar. Pelo contrário. Os homens grandes sempre pertenceram àqueles que se opuseram e demarcaram claramente dessas maiorias de apaniguados.
Mas dizia eu: não sou católico. Poderia, também, dizer: não sou ladrão. Não sou incapaz. Não sou atrasado mental. Isso esclareceria alguém sobre mim? Nadinha. Para mim a declaração “sou católico” equivale a uma expressão tipo “sou deficiente” ou, para ser mais verdadeiro significa “não percebo nada de religião, há coisas que tenho medo de discutir livremente, sou dependente de outros para poder raciocinar sobre coisas espirituais, sociais, etc”. Com efeito e apenas com poucas excepções que confirmam a regra, um católico é, a maior parte das vezes um indivíduo que mal conhece a própria Bíblia, que não percebe patavina das outras religiões e que está imbuído de um fortes sentimentos de culpa em relação a muitas coisas. Podia ainda esmiuçar este assunto mas não o farei, pelo menos agora, por questão de caridade.
Assim, partindo desta proposição, valerá a pena criticar um destes “assumidos” fiéis? (coloco assumidos entre aspas porque é uma característica desta gente não possuir coluna vertebral suficiente para assumir o que quer que seja a não ser em rebanho como é próprio da sua fé). Penso que não. Como células de um organismo maior não acusarão nunca o toque apenas reagem quando tocam no organismo em conjunto. Porquê? Porque assim sempre poderá haver alguém que possa responder ou alinhavar umas palavritas por eles. Um padre, um acólito, um bispo, alguém que possa parecer que fala em nome de qualquer coisa, nunca em nome do homem, do ser humano, mas da massa, da multidão (o tal organismo com letra muito pequena pois mais me parece um cancro social que um ser autêntico verdadeiro.
Desculpem-me esta linguagem. Alguns poderão pensar que estou a querer atingir alguém. Não estou. Estou a querer atingir, isso sim, essas monstros de muitas cabeças, de milhares de pernas e de pés, e de goelas abertas, escancaradas e cabeças perfeitamente vazias e ausentes de um sequer pingo de conhecimento que são as multidões. Estou a querer falar de ser humano para ser humano apelando àquilo que há de ser humano em cada um e que eu sei que, quando metidos nas molhadas, pouca diferença faz duma besta.
A religião católica é assim. Só os padres, os “ordenados” é que podem dizer alguma coisa que se possa considerar minimamente alinhavada. Os restantes não passam de multidões recalcadas, acéfalas, a temer. Pois não foi somente a Santa Inquisição que queimou na fogueira tanta gente: foram sobretudo momentos de espectáculo para gozo e para meter medo a essas tais multidões acéfalas.
Ele há poucas religiões no mundo com tantos fiéis tão ignorantes de religião, de espiritualidade, como a religião católica. Porque será?


Sobre o aborto.

1. - O aborto é uma coisa lamentável que ninguém, com leveza, recomenda ou defende.

2. - Ninguém aborta alegremente

3. - É um problema que afecta a nossa sociedade em geral e as mulheres em particular.

4. - Existem uma proposta para a nossa legislação que possibilita às mulheres que assim o entenderem interromper a gravidez não desejada em determinadas condições com vista a minorar problemas criados pela nossa própria forma de viver em conjunto.

5. - Porque é que isso há que ser impedido por quem não sente a premencia desses problenas?


Porque é que a Igreja Católica se opõe a isso? Porque é que a Igreja Protestante, por exemplo aceita isso? O que é que as mulheres que padecem ou podem vir a padecer deste mal beneficiam com a posição dos bispos?



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