segunda-feira, outubro 30, 2006

Estado deve mais de 55 milhões aos SAMS


Neste momento a dívida do Estado aos Serviços de Assistência Médico Sociais dos bancários do Sul e Ilhas é mais de 55 milhões de euros! Esta dívida de quase dois anos acarreta sérios problemas de tesouraria a estes serviços médicos que prestam assistência aos bancários e suas famílias que ficam sem outra alternativa a não ser pedir dinheiro emprestado à banca e pagar-lhe os respectivos juros. Deste modo fica muito comprometido o poder negocial do sindicato para a tabela salarial de 2007 como é fácil compreender. Perante este cenário que faz a direcção do SBSI? Apresenta aos bancos uma proposta de aumento salarial de 3,8%! Numa altura em que, pelo terceiro ano consecutivo os bancos acumulam lucros fabulosos como é do conhecimento de todos! E porque que é que os bancários não reivindicam os 55 milhões de euros em dívida? Não sabemos. Sabemos apenas que a maioria da direcção do sindicato é do mesmo partido que está no governo e que os únicos prejudicados com estas coisas são apenas os bancários! Outra coisa também sabemos: nem os gestores dos SAMS são prejudicados, nem os directores do sindicato! Sabemos que a gestão de empresas da envergadura dos SAMS não é certamente um fardo como nunca o foi gerir os dinheiros dos outros (o que é que é um banco afinal?). Há sempre a possibilidade de amealhar umas percentagenzitas ou de dar a ganhar uns cobres a certas empresas fornecedoras dos SAMS. As quais podem ser, por coincidência, da cor política comum quer ao governo, quer à maioria da direcção do sindicato! Afinal estão na direcção há tantos anos que devem conhecer bem os cantos à casa. Mas, claro, isto não nos vai ser contado por estes personagens. Apelamos pois à participação dos nossos leitores nesta investigação do porquê de certas coisas. Informem-nos para comtrab@gmail.com . Só em conjunto poderemos apurar a verdade. Só assim poderemos melhor ajudar os bancários a melhorar as suas condições de trabalho e de vida.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Sindicalismo de cócoras!







Com as notícias dos formidáveis lucros da banca bem frescas na memória dos portugueses vem agora o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas apresentar a sua proposta de revisão salarial para 2007. Isto não é novidade! A novidade é que a sua reinvidicação é de 3,8%!!! Quer dizer que no sector financeiro que tem os maiores lucros que há memória o tal sindicatozeco (pois não deve ser um verdadeiro sindicato) pede 3,8%!! Claro que vai ficar à volta dos 2%! Nem sequer reinvidicam os 4% de aumento da UGT (que é financiada a 60% por este sindicato). Quando no Semanário Económico ainda há poucos meses era referido a perca de quase 20% do poder de compra dos bancários nos últimos 10 anos, esta proposta ultraja não somente os bancários mas, igualmente, todos os verdadeiros sindicalistas!



É o que acontece quando o sindicalismo de base se entretem a brincar às gestões de organismos de saúde como os SAMS bancários! Gerir os muitos milhões que os SAMS bancários movimentam anualmente é seguramente muito empolgante para estes dirigentes sindicais. Dá muito gozo! Ao ponto de esquecerem completamente os seus deveres enquanto representantes de trabalhadores e da sua melhoria de vida.




Tal como nos bancos também há pessoas que tem muito a ganhar quando gerem o dinheiro dos outros. Só que neste caso é dinheiro para a saúde de mais de 55.000 pessoas!




quinta-feira, outubro 26, 2006

Pinochet esconde mais de 9 toneladas de ouro







O ditador Augusto Pinochet esconde mais de 9.000 kilos de ouro num banco de Hong Kong. Leia a notícia completa aqui

Não se deixem enganar pelo ar da imagem deste velhinho caquético. Este aliado dos Estados Unidos é responsável pelo golpe de estado que assassinou Salvador Allende e chacinou milhares de democratas no Chile. Curiosamente a data deste sanguinário golpe militar é, também, 11 de Setembro.





quarta-feira, outubro 25, 2006

O FMI gosta de nós



Foi ontem divulgado um relatório do FMI sobre o futuro da economia portuguesa. O relatório elogia as medidas que o governo está a tomar para reduzir o emprego na função pública e para diminuir as pensões, embora suspeite de que os efeitos destas medidas serão distantes no tempo e que a recuperação da economia para um ritmo de aproximação à média europeia esteja atrasado. Veja a notícia aqui

terça-feira, outubro 24, 2006

Centenário do nascimento de Emídio Santana (1906-2006)



O jornal A Batalha / Centro de Estudos Libertários promovem um ciclo de sessões comemorativas do centenário do nascimento de Emídio Santana (1906-2006).
1ª sessão - 28 de Outubro (sábado) pelas 15 horas no Espaço Josefa de Óbidos (Junta de Freguesia da Graça) – Rua Josefa de Óbidos, n.º 5, Lisboa.
Tema – Uma educação para a liberdade e a cidadania Intervenções de: João Soares, António Candeias, Rui Canário, Isabel Rufino e Pascal Paulus

2ª Sessão - 11 de Novembro (sábado) pelas 15 horas no Museu da República e Resistência – Estrada de Benfica, n.º 419, Lisboa Tema – Lutar pela emancipação Intervenções de: Paulo Guimarães, Luís Garcia e Silva, Fernando J. Almeida e João Freire

3ª Sessão - 26 de Novembro (sábado) pelas 15 horas na Casa António Sérgio – Travessa Moínho de Vento, à Lapa, n.º 4, Lisboa Tema – Entre-ajuda e cooperação na base da sociedade Intervenções de:
José Hipólito dos Santos e Eugénio Mota

Cada português deve 2,6 hectares à Terra


Cada português deve 2,6 hectares à Terra (PÚBLICO)

Cada habitante de Portugal precisa de pelo menos 4,2 hectares de terras e de superfície de água para si. Mas o país só tem 1,6 hectares produtivos per capita. Resultado: vive além das suas possibilidades e tem um défice ambiental de 2,6 hectares por pessoa.

Leia o artigo completo aqui

segunda-feira, outubro 23, 2006

PERDÃO DE IMPOSTOS SOBRE JUROS À BANCA


ESTAMOS TODOS A SER ROUBADOS!
O Fisco perdoou à banca o pagamento de impostos sobre os juros de obrigações emitidas a partir de paraísos fiscais. O ministério das Finanças decidiu que só vai tributar estes casos, a partir do próximo ano mas recusa falar em perdão fiscal.

Leia a notícia completa aqui .
Palavras para quê. è mais uma medida a favor dos trabalhadores e dos pobres deste país.

PORTUGAL VISTO DE FRANÇA


COMEÇAMOS POR ENCHER O DEPÓSITO.
Não é somente em Portugal que o Engº José Sócrates faz figuras ridículas.
O francês Le Monde vê Portugal como um carro velho, a cair aos bocados.
Logicamente o que o 1º ministro se propõe fazer é... encher o depósito!
Perguntamos: de quem?

CARTA ABERTA AOS BANCOS


Exmos. Senhores Administradores da banca.

Gostaria de saber se os senhores aceitariam pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência da padaria na esquina da v/. Rua, ou pela existência do posto de gasolina ou da farmácia ou da tabacaria, ou de qualquer outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.


Funcionaria desta forma: todos os meses os senhores e todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a manutenção dos serviços (padaria, farmácia, mecânico, tabacaria, frutaria, etc.).

Uma taxa que não garantiria nenhum direito extraordinário ao utilizador. Serviria apenas para enriquecer os proprietários sob a alegação de que serviria para manter um serviço de alta qualidade ou para amortizar investimentos. Por qualquer produto adquirido (um pão, um remédio, uns litros de combustível, etc.) o usuário pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até ligeiramente acima do preço de mercado. Que tal?


Pois, ontem saí do meu banco com a certeza que os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. A minha certeza deriva de um raciocínio simples. Vamos imaginar a seguinte situação: eu vou à padaria para comprar um pão. O padeiro atende-me muito gentilmente, vende o pão e cobra o serviço de embrulhar ou ensacar o pão, assim como, todo e qualquer outro serviço. Além disso, impõe-me taxas. Uma "taxa de acesso ao pão", outra "taxa por guardar pão quente" e ainda uma "taxa de abertura da padaria". Tudo com muita cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo no meu Banco.Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto do negócio bancário. Os senhores cobraram-me preços de mercado. Assim como o padeiro cobra-me o preço de mercado pelo pão.
Entretanto, de forma diferente do padeiro, os senhores não se satisfazem cobrando-me apenas pelo produto que adquiri. Para ter acesso ao produto do v/. negócio, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de crédito" - equivalente àquela hipotética "taxa de acesso ao pão", que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam a pagar. Não satisfeitos, para ter acesso ao pão, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta corrente no v/. Banco. Para que isso fosse possível, os senhores cobraram-me uma "taxa de abertura de conta".

Como só é possível fazer negócios com os senhores depois de abrir uma conta, essa "taxa de abertura de conta" se assemelharia a uma "taxa de abertura da padaria", pois, só é possível fazer negócios com o padeiro, depois de abrir a padaria. Antigamente, os empréstimos bancários eram popularmente conhecidos como "Papagaios". Para gerir o "papagaio", alguns gerentes sem escrúpulos cobravam "por fora", o que era devido. Fiquei com a impressão que o Banco resolveu antecipar-se aos gerentes sem escrúpulos.

Agora ao contrário de "por fora" temos muitos "por dentro".Pedi um extracto da minha conta - um único extracto no mês - os senhores cobraram-me uma taxa de 1 EUR. Olhando o extracto, descobri uma outra taxa de 5 EUR "para a manutenção da conta" - semelhante àquela "taxa pela existência da padaria na esquina da rua". A surpresa não acabou: descobri outra taxa de 25 EUR a cada trimestre - uma taxa para manter um limite especial que não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou pagar os juros mais altos do mundo. Semelhante àquela "taxa por guardar o pão quente".

Mas, os senhores são insaciáveis.

A prestável funcionária que me atendeu, entregou-me um desdobrável onde sou informado que me cobrarão taxas por todo e qualquer movimento que eu fizer. Cordialmente, retribuindo tanta gentileza, gostaria de alertar que os senhores se devem ter esquecido de cobrar o ar que respirei enquanto estive nas instalações do v/. Banco.

Por favor, esclareçam-me uma dúvida: até agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?Depois que eu pagar as taxas correspondentes, talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e profissionalmente, que um serviço bancário é muito diferente de uma padaria. Que a v/. responsabilidade é muito grande, que existem inúmeras exigências legais, que os riscos do negócio são muito elevados, etc., etc., etc. e que apesar de lamentarem muito e nada poderem fazer, tudo o que estão a cobrar está devidamente coberto por lei, regulamentado e autorizado pelo Banco de Portugal. Sei disso.

Como sei, também, que existem seguros e garantias legais que protegem o v/. negócio de todo e qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam muito mais elevados.

Sei que são legais.

Mas, também sei que são imorais. Por mais que estejam protegidos pelas leis, tais taxas são uma imoralidade. O cartel algum dia vai acabar e cá estaremos depois para cobrar da mesma forma.

Vitor Pinheiro

domingo, outubro 22, 2006

Eu cá não sou católico


Alguém se rala com isso? Penso que não. Mas devo estar errado pois há quem viva de querer arrebanhar pessoas, de juntar magotes e pensar que com isso tem mais razão, tem mais poder, é mais verdadeiro. Nada mais errado. A verdade e a razão nunca dependeram do número de arrebanhados que conseguiam juntar. Pelo contrário. Os homens grandes sempre pertenceram àqueles que se opuseram e demarcaram claramente dessas maiorias de apaniguados.
Mas dizia eu: não sou católico. Poderia, também, dizer: não sou ladrão. Não sou incapaz. Não sou atrasado mental. Isso esclareceria alguém sobre mim? Nadinha. Para mim a declaração “sou católico” equivale a uma expressão tipo “sou deficiente” ou, para ser mais verdadeiro significa “não percebo nada de religião, há coisas que tenho medo de discutir livremente, sou dependente de outros para poder raciocinar sobre coisas espirituais, sociais, etc”. Com efeito e apenas com poucas excepções que confirmam a regra, um católico é, a maior parte das vezes um indivíduo que mal conhece a própria Bíblia, que não percebe patavina das outras religiões e que está imbuído de um fortes sentimentos de culpa em relação a muitas coisas. Podia ainda esmiuçar este assunto mas não o farei, pelo menos agora, por questão de caridade.
Assim, partindo desta proposição, valerá a pena criticar um destes “assumidos” fiéis? (coloco assumidos entre aspas porque é uma característica desta gente não possuir coluna vertebral suficiente para assumir o que quer que seja a não ser em rebanho como é próprio da sua fé). Penso que não. Como células de um organismo maior não acusarão nunca o toque apenas reagem quando tocam no organismo em conjunto. Porquê? Porque assim sempre poderá haver alguém que possa responder ou alinhavar umas palavritas por eles. Um padre, um acólito, um bispo, alguém que possa parecer que fala em nome de qualquer coisa, nunca em nome do homem, do ser humano, mas da massa, da multidão (o tal organismo com letra muito pequena pois mais me parece um cancro social que um ser autêntico verdadeiro.
Desculpem-me esta linguagem. Alguns poderão pensar que estou a querer atingir alguém. Não estou. Estou a querer atingir, isso sim, essas monstros de muitas cabeças, de milhares de pernas e de pés, e de goelas abertas, escancaradas e cabeças perfeitamente vazias e ausentes de um sequer pingo de conhecimento que são as multidões. Estou a querer falar de ser humano para ser humano apelando àquilo que há de ser humano em cada um e que eu sei que, quando metidos nas molhadas, pouca diferença faz duma besta.
A religião católica é assim. Só os padres, os “ordenados” é que podem dizer alguma coisa que se possa considerar minimamente alinhavada. Os restantes não passam de multidões recalcadas, acéfalas, a temer. Pois não foi somente a Santa Inquisição que queimou na fogueira tanta gente: foram sobretudo momentos de espectáculo para gozo e para meter medo a essas tais multidões acéfalas.
Ele há poucas religiões no mundo com tantos fiéis tão ignorantes de religião, de espiritualidade, como a religião católica. Porque será?


Sobre o aborto.

1. - O aborto é uma coisa lamentável que ninguém, com leveza, recomenda ou defende.

2. - Ninguém aborta alegremente

3. - É um problema que afecta a nossa sociedade em geral e as mulheres em particular.

4. - Existem uma proposta para a nossa legislação que possibilita às mulheres que assim o entenderem interromper a gravidez não desejada em determinadas condições com vista a minorar problemas criados pela nossa própria forma de viver em conjunto.

5. - Porque é que isso há que ser impedido por quem não sente a premencia desses problenas?


Porque é que a Igreja Católica se opõe a isso? Porque é que a Igreja Protestante, por exemplo aceita isso? O que é que as mulheres que padecem ou podem vir a padecer deste mal beneficiam com a posição dos bispos?



quinta-feira, outubro 19, 2006

CARTA ABERTA ao Eng José Sócrates


Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras motivadas por um convite que formulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta NUM DIREITO QUE O SENHOR AINDA NÃO ELIMINOU: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.
Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento.



Desminta, se puder, o que passo a afirmar:
1.º Do Statics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.
2.º Outra publicação da Comissão Europeia, L´Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E o que vemos? Que em média nessa Europa 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha.
As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?
3º. Um dos slogans mais usados é do peso das despesas da saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458. Em Portugal esse gasto é ... 758. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730, a Austria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.
Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas infelizmente os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores. De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas:
1.º Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades . Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão ).
OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PAGAM OS SEUS 11 POR CENTO.
Mas O SEU PATRÃO ESTADO NÃO ENTREGA MENSALMENTE À CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES, COMO LHE COMPETIA E EXIGE AOS DEMAIS EMPREGADORES , os seus 23,75 por cento. E é assim que as "transferências" orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos.
Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma ser calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década.
Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das iniquidades que subjazem á sua política o ministro Campos e Cunha, que não teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7.000 Euros de salário, os 8.000 de uma reforma conseguida aos 49 anos de idade e com 6 anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte.
2.º Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seus encantos , baixou-os em 4 pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2.
3º Por outro lado, fala em austeridade de cátedra, e é apologista juntamente com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, da implosão de uma torre ( Prédio Coutinho ) onde vivem mais de 300 pessoas. Quanto vão custar essas indemnizações, mais a indemnização milionária que pede o arquitecto que a construiu, além do derrube em si?
4º Por que não defende V. Exa a mesma implosão de uma outra torre, na Covilhã ( ver ' Correio da Manhã ' de 17/10/2005 ) , em tempos defendida pela Câmara, e que agora já não vai abaixo? Será porque o autor do projecto é o Arquitecto Fernando Pinto de Sousa, por acaso pai do Senhor Engenheiro, Primeiro Ministro deste país?
Por que não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de Euros que as empresas privadas devem à Segurança Social ?
Por que não pôs em prática um plano para fazer a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais Tributários e que somam 20 mil milhões de Euros ?
Por que não actuou do lado dos benefícios fiscais que em 2004 significaram 1.000 milhões de Euros ?
Por que não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos ?
Por que não renovou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento que permitiu à PT não pagar impostos pelos prejuízos que teve no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6.500 milhões de Euros de receita perdida ?
A Verdade e a Coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores.
QUANDO SUBIU OS IMPOSTOS, QUE PERANTE MILHÕES DE PORTUGUESES GARANTIU QUE NÃO SUBIRIA, FICÁMOS TODOS ESCLARECIDOS SOBRE A SUA VERDADE.
QUANDO ELEGEU OS DESEMPREGADOS , OS REFORMADOS E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COMO PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COMBATE AO DÉFICE, PERCEBEMOS DE QUE TEOR É A SUA CORAGEM.

ORÇAMENTO?

Todos os anos os sucessivos governos atiram-nos com o chamado ORÇAMENTO DE ESTADO.
Porque é que nós não lhes atiramos com uma qualquer coisa equivalente para cima deles?